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Figueirão da Fazenda Velha

Figueirão da Fazenda Velha

A figueira do distrito Fazenda Velha, conhecida como “ Figueirão” é um bem tombado pela Lei Municipal nº 1.273/2010. A árvore localiza-se na continuação de um calçamento, próximo à escola do distrito. O Valor simbólico da árvore está relacionado a lendas locais.

 

Envolta em lendas, a velha figueira da Fazenda Velha é uma patrimônio cultural nativo do bairro, talvez o único símbolo coletivo que uma aquela pequena comunidade carente. Essa árvore frondosa é remanescente da vegetação natural que formava aquela área geográfica, hoje totalmente rodeada pela ocupação humana.

O figueirão tornou-se uma  lenda vingativa de suas antepassadas, e aceitou transformar-se em teatro folclórico de uma história produzida pela liberdade imaginária do coletivo, que alimenta os sentimentos contraditórios de horror mítico e cumplicidade marota dos moradores da Fazenda Velha. Conta a lenda que em tempos passados um apaixonado casal de jovens encontrava-se protegido pelo o silêncio da noite indecifrável, já que seu sincero e mútuo amor estava proibido pelas suas famílias por velhas animosidades mútuas e irreversíveis. Como o amor encantado entre esses jovens era irrefreável e movesse os amantes para os encontros vetados, seus pais decidiram aprisioná-los em casa.

Desesperados pela solidão, apelaram seus rogos de liberdade para a magia de suas respectivas fadas madrinha. Compadecidas essas fadas transformavam esses jovens em pássaros noturnos, que à noite voavam até à figueira onde extravasavam o seu amor. Mas, em certa noite fatídica, os jovens transformados em pássaros são abatidos por impiedosos caçadores, e morrem assumindo suas feições humanas. Mas nem a morte violenta separou desse casal, pois nas sextas-feiras de Lua Cheia seus espíritos se encontram em baixo dessa figueira. Nos tempos, quando apenas o luar iluminava as trevas noturnas, vários moradores da Fazenda Velha juravam ter visto os espectros desses amantes perambulando no local. Mas a luz da eletricidade contribuiu para amenizar a sensação coletiva de estar vivendo com a presença noturna dessas almas, criaturas do além, transformou um mito desafiador  em uma amena lenda do folclore local. E assim, hoje, ninguém mais se benze ao passar em frente da velha  figueira, que assumiu a função recreativa de proteger da luz solar os alunos da escola onde essa árvore reina soberana.